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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A Injeção - parte1

Já a algum tempo ando projetando e fazendo o sistema de injeção eletrônica do Opala. Como já disse antes no post sobre o kart, o sistema é uma evolução do que foi desenvolvido no lá. Então vamos a uma pequena(essa é boa!) introdução:
Há 3 tipos de funcionamento básico para o sistema de injeção: “speed-density” (velocidade-densidade), “mass flow” (vazão em massa), e “alpha-N”.
   -speed-density:  faz o cálculo da quantidade de combustível com base em uma tabela armazenada na memória da central eletrônica cujos eixos são a velocidade do motor, e a pressão do ar de entrada no motor, dai o nome do sistema: velocidade(do motor) e densidade (do ar).
   -mass flow: utiliza um sensor de vazão mássica de ar conectado a entrada de ar do motor, enviando à central diretamente a informação da quantidade de ar aspirada pelo motor, e também com a rotação do motor, é possível calcular a quantidade de combustível requerida.
   -alpha-N:  é um método de cálculos que até o momento da pesquisa só era encontrado em motocicletas de alto desempenho, e foi proposto em vista da necessidade de respostas mais rápidas do sistema de injeção, e funciona da mesma maneira que o sistema “speed-density” com uma tabela armazenada na memoria, entretanto, os eixos são alpha (percentual de abertura da borboleta de aceleração), e N (rotação do motor).

Em todos os sistemas, transientes, e outras variáveis como temperatura do motor, leitura das sondas e outros sensores são tratados como correções em relação ao calculo principal, havendo inúmeras variações de métodos e funcionamentos.
Bom, para instalar o sistema no Opala, a primeira coisa de que precisei foi colocar um sensor de rotação, já que o motor original não dispõe de um. Optei por fazer toda a adaptação dentro do distribuidor, e isso vc pode ver aqui!
O sistema no caso utiliza um tipo de configuração speed-density, mas com algumas diferenças a respeito de como os mapas são utilizados, além de que ela é auto-adaptativa, o que significa que não haverá nenhum post a respeito de como esta a injeção do motor, pois isso é feito automaticamente pelo programa. (não haverá comentários sobre o funcionamento especifico dessa parte pois isso é segredo comercial, apesar de a empresa que tem os direitos não ter lançado produto, isso não vem ao caso).

O Hardware:
Para o sistema de injeção (qualquer que seja) funcionar, há algumas coisas que ele precisa ter, e vou colocar aqui como qualquer um poderia fazer, ou seja é um “DIY Fuel Injection”.
Seguindo o caminho que o combustível tem que percorrer do tanque até finalmente explodir no motor, o combustível precisa ser bombeado por uma bomba de combustível que deve conseguir manter uma certa vazão (requerida pelo sistema) a uma pressão regulada (geralmente 3bar). Aqui uma dica importante: Não importa se uma bomba suporta até 12-18bar ou qq coisa, o que interessa é quanto de vazão ela consegue na pressão de trabalho, por exemplo, a 3bar.
Para regular essa pressão é necessário um regulador de pressão, ou chamado de vez em quando de dosador, mas é a mesma coisa. Todo carro tem, mesmo os sistemas sem retorno, a diferença é que nos sistemas sem retorno ele fica instalado no tanque. Ele funciona ligado a linha de pressão da bomba, e quando a pressão atinge o valor para o qual ele foi especificado para regular a pressão, ele permite que o excesso de combustível retorne ao tanque. Simples assim. Há casos onde ele é regulável, mas o funcionamento é o mesmo.
Com a linha de combustível regulada, ela pode chegar ao bico injetor, que é quem realmente controla o combustível que vai para o motor. Ao contrario do que muita gente pensa o bico não consegue abrir muito nem pouco, ou ele abre ou não. Então a injeção vai controlar simplesmente o quanto de tempo ela quer que o bico fique aberto. Só isso!
Funciona assim: Com base nos sensores e nos dados armazenados na injeção, ela sabe quanto de combustível o motor vai precisar a cada momento. Para injetar a quantidade desejada, a injeção sabe que o bico injetor instalado tem vazão X quando regulado a pressão Y. Então ela calcula quanto tempo esse bico tem que ficar aberto para que ele jogue no motor a quantidade desejada de combustível. Por isso é tão importante manter a pressão na linha estável, porque de ouro jeito, a central não tem como saber a vazão do bico.
É isso!

3 comentários:

  1. Fala Pedro, tudo certo cara? também sou engenheiro mecânico, e assim como vc, fissurado em carros... me add no facebook, acho que teremos muitas idéias para trocar!! https://www.facebook.com/brunocesardecarvalhotavares

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  2. Estou acompanhando realmente muito esperançoso quanto a esse projeto. Quero ver o final dele e espero ver um opalão arrancando alinhado igual um laser...kkkkk, pois umas da coisas que mais queria ver é um opala arrancar forte sem o defeito da suspensão traseira. Sussesso meu amigo.

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  3. Estou acompanhando realmente muito esperançoso quanto a esse projeto. Quero ver o final dele e espero ver um opalão arrancando alinhado igual um laser...kkkkk, pois umas da coisas que mais queria ver é um opala arrancar forte sem o defeito da suspensão traseira. Sussesso meu amigo.

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